sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tudo o que você sempre quis saber sobre CAFÉ mas teve preguiça de pesquisar

A maior produção agrícola de Três Pontas é o café. E o café, sem dúvida alguma é o fruto nacional, a bebida mais consumida, e, com certeza, o elemento mais agregador de nossa cultura. 

Mas você já parou para pensar qual a origem desse frutinho vermelho, que nas terras sul-mineiras era, e ainda hoje é chamado de Ouro Verde?


A história do Café 

A história do café começou no século IX. O café é originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa. Mas, ao contrário do que se acredita, a palavra "café" não é originária de Kaffa — local de origem da planta —, e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho"(قهوة), devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe.
Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas ovelhas ficavam mais espertas ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.
Parece que as tribos africanas, que conheciam o café desde a Antiguidade, moíam seus grãos e faziam uma pasta utilizada para alimentar os animais e aumentar as forças dos guerreiros. Seu cultivo se estendeu primeiro na Arábia, introduzido provavelmente por prisioneiros de guerra, onde se popularizou aproveitando a lei seca por parte do Islã. O Iêmen foi um centro de cultivo importante, de onde se propagou pelo resto do Mundo Árabe.
O conhecimento dos efeitos da bebida disseminou-se e no século XVI o café era utilizado no oriente, sendo torrado pela primeira vez na Pérsia.
Na Arábia, a infusão do café recebeu o nome de kahwah ou cahue (ou ainda qah'wa, do original em árabe). Enquanto na língua turco otomana era conhecido como kahve, cujo significado original também era "vinho". A classificação Coffea arabica foi dada pelo naturalista Lineu.
O café, no entanto, teve inimigos mesmo entre os árabes, que consideravam suas propriedades contrárias às leis do profeta Maomé. No entanto, logo o café venceu essas resistências e até os doutores maometanos aderiram à bebida para favorecer a digestão, alegrar o espírito e afastar o sono, segundo os escritores da época.

Chegada do café no Brasil

Em 1727, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, a pedido do governador do Estado do Grão-Pará, lançou-se numa missão para conseguir mudas de café, produto que já tinha grande valor comercial. Para isso, fez uma viagem à Guiana Francesa e lá se aproximou da esposa do governador da capital Caiena. Conquistada sua confiança, conseguiu dela uma muda de café-arábico, que foi trazida clandestinamente para o Brasil.
Das primeiras plantações na Região Norte, mais especificamente em Belém, as mudas foram usadas para plantios no Maranhão e na Bahia, na Região Nordeste.
As condições climáticas não eram as melhores nessa primeira escolha e, entre 1800 e 1850, tentou-se o cultivo noutras regiões: o desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe mudas do Pará para a Região Sudeste e as cultivou no Rio de Janeiro, depois São Paulo e Minas Gerais, locais onde o sucesso foi total. O negócio do café começou, assim, a desenvolver-se de tal forma que se tornou a mais importante fonte de receitas do Brasil e de divisas externas durante muitas décadas a partir da década de 1850.
O sucesso da lavoura cafeeira em São Paulo, durante a primeira parte do século XX, fez com que o Estado se tornasse um dos mais ricos do país, permitindo que vários fazendeiros indicassem ou se tornassem presidentes do Brasil (política conhecida como café-com-leite, por se alternarem na presidência paulistas e mineiros), até que se enfraqueceram politicamente com a Revolução de 1930.
O café era escoado das fazendas depois de secados nos terreiros de café, no interior do estado de São Paulo, até as estações de trem, onde eram armazenados em sacas, nos armazéns das ferrovias, e, depois embarcado nos trens e enviado ao Porto de Santos, através de ferrovias, principalmente pela inglesa São Paulo Railway.

E no sul de Minas?
Aqui no sul de Minas, Varginha e Três Pontas se despontam como as maiores produtoras de café da região. E Carmo de Minas, próxima a São Lourenço, no alto da Serra da Mantiqueira, vem desenvolvendo a cultura de cafés finos, cafés gourmet.

Produção de cafés especiais em Carmo de Minas


Vejam aí a diferença entre o café arábica e o café conilon

Burros e mulas modernizam a produção de café em Minas Gerais


Receitas com café

Café não é só bebida, você pode fazer inúmeros doces a partir do cafezinho nosso de cada dia. Veja aí um delicioso pudim de café com chocolate



Bebidas geladas de café

Aqui no sudeste estamos padecendo com tanto calor. E nada melhor para refrescar que um café bem geladinho e gostoso. Confiram aí:




E a dica do blog Mineirices, bem simplesinha para o seu dia a dia (e que fica uma delícia!) é você preparar um capuccino no liquidificar com leite e pedras de gelo. Outra dica também muito fácil, rápida e saborosa: o achocolatado nosso de cada dia fica muito bom feito no liquidificador com pedras de gelo e um pouco de café solúvel (aquele que saquinho ou do potinho de vidro). Tanto a dica do capuccino quando a dica do achocolatado não tem medida certa. Você faz conforme o seu gosto Fica muuuuito bom!

Café com música!

E terminamos a postagem da semana em ritmo de carnaval. A Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, em 1992, dedicou seu carnaval ao café, contando a história e a influência do café em nossa cultura. 



E você não pode perder:


30 de novembro
Está chegando... NÃO PERCA


Se você ficou interessado em estudar mais sobre o café, o IF Sul de Minas, campus de Muzambinho oferece o curso Técnico em Cafeicultura na modalidade a distância no polo de Três Pontas. Mas informações sobre o curso e sobre o processo seletivo você pode conferir em http://www.muz.ifsuldeminas.edu.br/ 


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