sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A água das Gerais

Muita gente acha que mineiro é infeliz porque não tem mar. Mas isso é uma mentira retumbante. Tem um escritor, pensador, teólogo, professor chamado Rubem Alves, natural de Boa Esperança (do ladinho de onde será o Mineirices 2013) que, certa disse: “Minas é tão sensacional quem tem mar no meio das montanhas”




Antes de Itaipu ser construída, a maior usina hidroelétrica do mundo era Furnas. O lago da usina banha 34 municípios mineiros, possui 1440 km2 e 3500 km de perímetro. Em muitos lugares, de fato, parece um mar, de tanta água. Em muitas cidades, como Boa Esperança e Guapé, você a prática de esportes náuticos. Já está sendo comum ver em cidades ao redor do lago, lanchas e barcos de luxo. E furnas é aqui do ladinho no Sul de Minas




O Rio São Francisco, o rio da integração nacional, que nasce na região centro-sul de Minas, forma, ao longo do seu curso, várias usinas hidroelétricas importantes. Aqui em Minas, ele é responsável pelo abastecimento da usina de Três Marias.





E não é só de hidroelétrica que vive Minas Gerais...

Na região sul do estado, os municípios de Cambuquira, Lambari, Caxambu e São Lourenço foram um dos mais tradicionais circuitos turísticos do estado. As águas minerais medicinais foram descobertas, primeiramente em Lambari, em 1780. Depois foram descobertas fontes nas outras cidades.



Caxambu ficou muito famosa à época do império, pois a princesa Isabel, sabendo da fama das águas medicinais da cidade, se transferiu para Minas Gerais para fazer tratamento com as águas de Caxambu. Ela não conseguia engravidar. E graças à fonte de água ferruginosa, conseguiu tratar de sua anemia e engravidar. Quem visita o parque das águas, vê lá a Fonte Princesa Isabel.

São Lourenço até hoje consegue sobreviver do turismo. Pela maior proximidade com o Rio de Janeiro, atrai muitos turistas cariocas e fluminenses, que procuram um clima agradável e a tranquilidade do interior

Os municípios que fazem parte do Circuito das águas Mineiro são: Bae­pendi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Heliodora, Lambari, São Lourenço, Soledade de Minas e Três Corações.





O estado tem, ainda, outras cidades consideradas estâncias, tais como Jacu­tinga, Araxá e Poços de Caldas. Em todas as cidades da região, se encontram fontes, rios, lagos, cachoeiras, a culinária mineira e clima de montanha.








E como toda a postagem do Mineirices tem que acabar com uma musiquinha, aí vai a de hoje. Na realidade é um samba-enredo. Caxambu foi tema da escola de samba Império Serrano em 2013. E você acompanha um pedacinho do desfile





Pessoal, é amanhã, dia 30/11 no Centro Conviver e Crescer (rua José Gonçalves Costa, 185 - ao lado da Loja Maçônica


Mineirices 2013 é um evento gastronômico idealizado e produzido pelos alunos do Curso Técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus de Juiz de Fora - polo E-tec de Três Pontas. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Bebida mineira

Você conhece um pouco da história de uma bebida tipicamente mineira? Não sabe qual é a bebida nem qual é a história, dá uma espiadinha neste post

Cachaça, pinga, cana ou canha é o nome dado à aguardente de cana, uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados caititus – era muito dura e a cachaça era usada para amolecê-la.
Na produção colonial de açúcar, cachaça era o nome dado à primeira espuma que subia à superfície do caldo de cana que estava sendo fervido. Ela era fornecida aos animais ou descartada. A segunda espuma era consumida pelos escravos, principalmente depois que fermentasse e também passou a ser chamada cachaça. Posteriormente, com a destilação da espuma e do melaço fermentados e a produção de aguardente de baixa qualidade, esta passou a ser também denominada de cachaça e era fornecida a escravos ou adquirida por pessoas de baixa renda.


É usada como coquetel, na mundialmente conhecida "caipirinha".
É obtida com a destilação do caldo de cana de cana-de-açúcar fermentado. A fermentação do melaço, também utilizada, também dá origem ao rum.


A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico. É uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu cultivo desde os tempos mais remotos da história


Produção artesanal de cachaça


E a gente não podia terminar essa postagem, com o Hino da Cachaça, da cantora e folclorista Inezita Barroso


Minha gente, marca aí para não esquecerem: 30/11

Mineirices 2013 é um evento gastronômico idealizado pelos alunos do curso técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas Gerais - Campus Juiz de Fora - polo e-Tec

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A estrela da festa

Você já sabe que Mineirices é um evento gastronômico. E como tal a estrala da festa, claro, é a nossa Culinária! Mas você já parou pra pensar qual a origem e características da Comida Mineira. Confira aí:


A culinária de Minas Gerais talvez seja a que concentra a maior diversidade de pratos no Brasil, pois em cada região do estado há uma comida típica diferente, com ingredientes encontrados com fartura no meio rural. Quase todos os pratos da cozinha mineira contam com legumes, frutos ou tubérculos nativos. Há dois pratos que se destacam, oferecidos nas mesas de todas as casas mineiras, principalmente no interior: o Angu, muitas vezes confundido com a polenta do sul mas que tem sua própria história, e o Feijão tropeiro.
Importante destacar que a culinária mineira traz elementos que apontam para a diversidade local iniciada, ainda, com o primeiro adentramento dos exploradores de ouro. Portugueses, negros e índios passaram a compartilhar hábitos e ingredientes, até então singulares, que, ao longo do tempo, enraizaram uma cultura gastronômica única e que valorizava, cada vez mais, o regionalismo. A partir do século XVIII, a visibilidade da região das Minas Gerais passou a deixar marcas na culinária nacional. Os variados e criativos usos de ingredientes como a mandioca e seus derivados, o milho, o leite, os tubérculos e folhagens, bem como as carnes de porco e vaca, fazem partes de receitas passadas de geração à geração e que adentraram o século XIX e chegaram à nossa contemporaneidade. A proximidade de regiões (Goiás, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro) com tradições gastronômicas peculiares apenas reforçaram os sabores da culinária mineira, tornando-a uma referência histórica que funde hábitos e ingredientes europeus, indígenas e africanos.

Culinária Mineira

O angu
Nos séculos coloniais, o sal só podia vir de Portugal. No fim do século XIX e início do século XX, o sal era taxado exorbitantemente. Com isso, o fubá de milho passou a ser servido sem o sal, somente com banha de porco, fubá de milho e água. O gosto ficou um pouco desagradável. Insosso ou insonso, como se diz erradamente, muito parecido com o "angu" dados aos porcos. Tal semelhança deu origem ao nome deste prato, nutritivo e saboroso, que serve de acompanhamento a pratos principais


Angu à mineira

Feijão tropeiro
O feijão-tropeiro é um prato típico da culinária mineira, criado por bandeirantes e tropeiros paulistas, composto de feijão misturado a farinha de mandioca, torresmo, lingüiça, ovos, alho,cebola e temperos. É um prato tradicional também de outras regiões de influência bandeirante e colonização paulista (ou que já foram parte deste estado) aonde o prato foi introduzido pelos bandeirantes paulistas. Desde o período colonial, o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombos de burros. Os homens que guiavam esses animais eram chamados de tropeiros. Até a metade do século XX, eles cortavam ainda parte do estado de Minas Gerais, conduzindo gado. O feijão misturado a farinha de mandioca,  torresmo,  lingüiça, ovos, alho, cebola e temperos, tornou-se um prato básico do cardápio desses homens, daí a origem do feijão tropeiro. 


Feijão tropeiro


Dia 30/11: sábado - está quase chegando 


Mineirices é um evento gastronômico produzido e idealizado pelos alunos do curso técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas Gerais - Campus de Juiz de Fora - polo e-Tec de Três Pontas. Contamos com a parceria da SUAPI - Subsecretaria de Administração Prisional


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Estamos a menos de um mês do natal. Durante o Natal, um festejo que se destaca é a Folia de Reis. Os Ternos de Reis começam a sair, visitando as casas, na noite do dia 24 de dezembro; e a visita continua até o dia 6 de janeiro, dia de Reis, que, na igreja católica, esse dia é chamado de Epifania do Senhor. Mas você sabe como surgiu a Folia de Reis? E você sabia também que a Folia de Reis é um dos festejos mais populares no interior das Gerais?

Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país. Ela apresenta um caráter profano-religioso, fazendo parte do ciclo natalino, anualmente realizado entre 24 de dezembro a 6 de janeiro, quando se realizam as comemorações do nascimento de Jesus com várias festividades, ou festejos populares: como Folia de Reis, Império do Divino, Reinado do Rosário e Pastorinhas.

Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três “Reis Magos”, denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII. Em pesquisa literária, feita por Pergo, levantou-se que a tradição da “Folia de Reis” chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses, ainda no período da colonização. Essa manifestação cultural era realizada em toda a Península Ibérica e era comum a ocorrência de doação e recebimento de presentes enquanto eram entoados cantos e danças nas residências da época. Baseado nessa argumentação, a Folia de Reis teria vindo ao Brasil no século XVI, trazido pelos Jesuítas, e servindo como um instrumento na catequização dos índios e, posteriormente, dos negros escravos.

Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro

Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos “Santos Reis” e ao nascimento de Cristo. A Folia de Reis se mantém-se viva sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, dentre outros.

No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.

Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Mestre da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.


As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê. Contudo ao contrário dos Reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões.

Integrantes
  • Três Reis Magos: participantes que personificam os reis que visitaram o Menino Jesus, quando ele nasceu: Baltasar, Melquior e Gaspar.
  • Palhaços: Geralmente dois ou três, que fazem o papel de dançarinos do grupo. Eles têm o costume de se chamar de irmãos e possuem obrigações e proibições específicas (como jamais dançar diante da Bandeira). Eles realizam acrobacias usando um bastão,
    vestem-se com máscaras, portam um apito com o qual marcam a chegada e a partida da Bandeira. Durante as exibições dos palhaços, os espectadores atiram moedas ao chão, em frente a eles para homenageá-los. Eles, então, alegram-se e brincam entre si, empurrando as moedas com o bastão para que o outro palhaço as colete, aproveitam para instigar o público a jogar mais dinheiro, que eles colocam em sacolas para coleta desses donativos;
  • Coro: É constituído geralmente por seis pessoas que são, ao mesmo tempo, cantores e instrumentistas o número, todavia, varia de entre as regiões. Cada membro do coro tem sua função.
  • Mestre ou Embaixador: é o principal personagem da folia, ou ainda chefe da folia, porque ele organiza a logística do grupo, o trajeto, horários e os instrumentos, e é o responsável improvisar os versos cantados nas residências. Cabe aos mestres a responsabilidade de manter viva a tradição e se encarregar da transmissão oral dele, como lembra Luís da Câmara Cascudo.
  • Bandeireiro ou Alferes da bandeira: Tem a função de carregar a bandeira do grupo respeitosamente. Ela é apresentada ao chefe da residência onde a folia passa para receberem os donativos oferecidos pelas famílias.
  • Festeiro: Figura importante pois é, geralmente, de sua residência que os foliões fazem a “tirada da bandeira” e também para onde é feito o retorno ao final do “giro”. Às vezes é utilizada a casa do Mestre para a saída e chegada da bandeira ou alguma pessoa, que por motivo de promessa mantem as despesas da folia.

É importante destacar que nas folias não existe a participação feminina conforme indica Porto: Os Reis Magos não trouxeram consigo suas esposas; se os foliões levassem mulher na folia, estariam deturpando o sentido da representação; também, dizem outros, nenhuma mulher visitou o presépio de Jesus; admitir mulher entre os foliões, como participante, seria desviar o sentido da dramatização.


E vale a curiosidade histórica. No evangelho de Mateus, que cita a passagem dos magos, não é mencionado a quantidade, nem os seus nomes. Na bíblia diz que ‘magos do Oriente’ foram visitar Jesus. Confira no capítulo 2 do evangelho de Mateus


Cálix Bento - canção gravada por Milton Nascimento, adaptada do cancioneiro popular por Tavinho Moura

Em janeiro, acontece em Três Pontas o tradicional encontro de Folia e Reis. Todos os Ternos da cidade se encontram para uma bonita festa. Vale a pena conferir!



Pessoal, é no sábado, não perca a data: 30/11

Mineirices é um evento gastronômico produzido e idealizado pelos alunos do curso Técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas - Campus de Juiz de Fora - polo E-Tec de Três Pontas

domingo, 24 de novembro de 2013

A sede do Mineirices 2013

Nós ainda não apresentamos para você a cidade onde será realizado o Mineirices 2013. Será, claro, em Três Pontas, no sul de Minas. Mas você conhece um pouco sobre a história de Três Pontas? Sabe, mais ou menos, a origem do nome, a etimologia, etc...  Dê uma conferida!


Três Pontas é um município brasileiro localizado na região sul de Minas Gerais. Com uma área de 689 quilômetros quadrados, o município possui cerca de 54 mil habitantes, sendo que na zona urbana residem aproximadamente quatro quintos desse total. A MG-167 é a única rodovia que dá acesso ao município, mas a Rodovia Fernão Dias, uma das principais rodovias do país, se encontra a menos de 50 quilômetros da cidade.

O município não possui relevo muito acidentado, com altitude média em torno de 900 metros em relação ao nível do mar. Contudo algumas formações se destacam na topografia, como a Serra de Três Pontas, lugar muito conhecido tanto pelo seu formato peculiar quanto pela sua beleza natural. Os ribeirões das Araras e da Espera são os principais cursos d'agua que cortam o município, desaguando ambos na Represa de Furnas. Os rios Verde e Sapucaí passam no extremo limite sul e formam a extremidade meridional da Represa de Furnas. Os dois rios se encontram no distrito do Pontalete. Três Pontas está situada na Bacia Hidrógráfica do Rio Grande.

O clima ameno o ano todo propicia o cultivo do café, que é a maior riqueza econômica do município (conhecido por ser um dos maiores produtores nacionais), visto que no solo trespontano não são encontrados recursos minerais de importância. No município também se encontram o distrito do Pontalete, que é banhado pela represa de Furnas, muito procurado por turistas devido a suas belezas naturais, e o povoado do Quilombo Nossa Senhora do Rosário (antigamente chamado de Martinho Campos). A cidade faz parte do circuito turístico Vale Verde e Quedas D'Água.


Matriz de N. Sra. d'Ajuda em 1956

Desde a emancipação política, em 1857, o município mostrou um períodos de intenso desenvolvimento urbano e social. Nesse contexto a atuação de algumas pessoas foi fundamental. Dentre as mais notáveis, destaca-se a de Padre Victor, pároco na segunda metade do século XIX, que realizou diversas benfeitorias pela cidade. Atualmente existe o processo de beatificação do padre, e no dia de sua morte (23 de setembro) milhares de romeiros visitam a cidade para agradecer por graças alcançadas. Recentemente foi aberto também o processo de canonização da Madre Teresa Margarida do Coração de Maria, conhecida pelos trespontanos como Nossa Mãe (fundadora do convento carmelita na cidade), o que evidencia, também a forte ligação do município com a religiosidade.

Etimologia
O nome da cidade tem origem no formato peculiar da serra de mesmo nome localizada no atual município, que era utilizada como ponto de referência pelos tropeiros e escravos fugidos que passavam pela região. Esses escravos formaram, no pé da serra, o Quilombo do Cascalho, que foi destruído na época das sesmarias, em que o território passou a ser dividido em fazendas. Algumas cartas de concessão de sesmarias fazem referência à montanha, utilizada como marco natural para demarcação de terras. Esses documentos mostram que a região era conhecida antes de 1750. Até os anos de 1880, os cidadãos nascidos em Três Pontas eram denominados trespontenses. A partir dessa época, contudo, o gentílico trespontano passou a ser o mais utilizado, e é o que permanece até hoje


Matriz de N. Sra. d'Ajuda hoje


Um cadinho de história
Não existem indícios de povoamento de indígenas na região de Três Pontas. Os primeiros a desbravarem essa região possivelmente estavam à procura de ouro, mas não o encontraram. A Serra de Três Pontas era utilizada como ponto de referência para os viajantes que cruzavam essas terras. Durante esse período, ainda, escravos fugidos passaram pela região. Um fato que favoreceu a formação de quilombos no município foi a destruição do Quilombo do Ambrósio entre 1740 e 1746, localizado provavelmente entre os municípios de Cristais e Ibiá, durante o ataque dos brancos, muitos negros conseguiram escapar e se refugiaram em várias regiões, inclusive na região de Três Pontas, onde sabe-se que formaram dois quilombos, o Quilombo do Cascalho próximo à serra e outro próximo ao ribeirão das Araras, de onde hoje está situado o Quilombo Nossa Senhora do Rosário.

Os habitantes brancos da região, então, passaram a se sentir ameaçados e exigiram providências do governo, que enviou alguns capitães, dentre eles Bartolomeu Bueno do Prado, que exterminaram os as povoações quilombolas em 1760. Com os quilombos destruídos, mais povoadores chegaram a região, requerendo sesmarias. Em 5 de outubro de 1768 foi construída por alguns sesmeiros a Capela de Nossa Senhora d'Ajuda (onde hoje se encontra a igreja de mesmo nome), com a licença do Bispado de Mariana. Em torno da ermida começou a surgir um arraial, que passava a ser denominado com o nome da padroeira da capela.

Em 14 de julho de 1832, o arraial foi elevado a freguesia e passou a ter um juiz de paz e um pároco (já que no mesmo dia foi criada a Paróquia de Nossa Senhora d'Ajuda). Em 1° de abril de 1841, devido ao crescimento do lugar, foi elevado a vila, graças à influência do Coronel Antônio José Rabelo Campos. O território do município foi então desmembrado do município de Lavras e passou a ser formado pelos distritos de Três Pontas, Varginha, Carmo do Campo Grande (atualmente Campos Gerais), Dores de Boa Esperança e São Francisco de Aguapé (atualmente Guapé). Em 10 de fevereiro de 1842 foi criada a primeira Câmara Municipal e em 1852, o Padre Francisco de Paula Victor assume a direção da paróquia da vila. No mesmo ano é criado o primeiro cemitério da vila. Até então os corpos eram sepultados no adro ou no interior da igreja.

No dia 22 de abril de 1850 foi criada a comarca de Três Pontas. Contudo, cinco anos depois, a mesma foi suprimida, e o município então passou a fazer parte da comarca do Rio Verde, com sede em Campanha.


Em 3 de julho de 1857 a vila recebeu o título de cidade.





(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Pontas. Acesso em 24 nov. 2013)



E não perca a data: 30/11 - próximo sábado!


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Doce do papa (é mineiro uai!)


Ele já foi meio esquecido...
Já ficou meio de lado...
Mas nunca saiu da lembrança de nosso paladar! É o Doce de Leite
E doce de leite tem aquele gostinho da vovó. Hoje em dia ninguém mais fica cozinhando num tacho de cobre horas e horas o leite com o açúcar (sem esquecer o pires no fundo para o leite não entornar). As vovós ficavam lá no fogão de lenha, cozendo, cozendo...  Isso faz a gente até pensar onde vai parar nossa culinária.
E o doce de leite está em alta. Doce de leite é o doce preferido do papa Francisco, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio




Sabe aquele doce de leite delicioso que a gente gosta de comer? E tem no coração que é mais uma iguaria da cozinha mineira? Então, você pode não acreditar, mas a paternidade dele é disputada por brasileiros e argentinos.




O doce de leite é um doce tradicional de vários países da América Latina. Geralmente é feito ao se ferver leite com açúcar. Ele é usado em balas e outras comidas doces, como bolos, biscoitos ou sorvete. Em alguns lugares, é comido espalhado em torradas. Também é famoso sua utilização para a preparação de churros.
Segundo o historiador José Newton Coelho Meneses, professor da UFMG e especialista em história da alimentação, os doces são estratégias humanas de preservação de matérias-primas alimentares perecíveis usando especiarias conservantes. O açúcar é uma delas. E o doce de leite deve ter sido criado nessa época. Para a mineira Liége Lima, ele recria a história mineira e foi passado de geração em geração.
A origem do doce de leite é incerta, mas está ligada à rápida expansão na produção de sacarose de cana de açúcar nas ilhas ibéricas atlânticas, no século XV, e no Brasil, América Central e Antilhas a partir do século XVI e à possibilidade de seu uso para preservação do leite. Como primeiro edulcorante de produção em grande escala, o açúcar da cana passa a ser usado na conservação de vários produtos orgânicos, inclusive o leite de vaca ou de cabra, dando origem a produtos similares ao doce de leite atual, pastoso ou sólido, em toda a América Latina e em determinadas localidades ibéricas.



As variações mais comuns são a pastosa e a sólida (que pode ser cortada em barras ou pedaços), que se diferenciam por sua consistência
Ainda segundo o professor José Newton Coelho da UFMG, a construção do gosto faz com que a adição de maior ou menor quantidade de açúcar, outras especiarias e frutos, de mais ou menos tempo na cocção construa as formas típicas de regiões e de grupos sociais específicos.

“Em Minas, por exemplo, a tradição de se consumir produtos lácteos é muito grande e o doce de leite é uma forma dessa expressão. O mesmo acontece em outras regiões do mundo.” Já para a Marina Perez, de uma das mais tradicionais confeitarias de Buenos Aires, o doce de leite é tão argentino quanto tudo que é feito com ele.  “Usamos em tortas, biscoitos, croissants, alfajores e até com pão caseiro mesmo fazendo o papel de geleia. A consistência e a cor do doce argentino são diferentes. O nosso é escuro e mais grosso. Por isso, para mim, mais gostoso”, defende. 


E você sabe fazer um saboroso e delicioso doce de leite? A gente está passando aqui duas receitas de doce de leite, facim... facim...

Uma que subverte um pouco a ordem... mas tem um bom resultado é você cozinhar a lata de leite condensado na pressão de 20 a 40 minutos. Muito importante: só abra a lata depois de estar totalmente fria. Abrindo ela quente, irá espirrar o conteúdo para todo lado, além de você se ferir.

A receita mais convencional é:
2 litros de leite
1 quilo de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó

Modo de fazer:  misturar tudo e cozinhar em fogo brando por cerca de uma hora sem parar de mexer. Usar colher de pau. A consistência é ideal é quando o doce não cair da colher

E aí vai as dicas da vovó para fazer o doce de leite tradicional:
Principal ingrediente: paciência para não parar de mexer um só minuto.
Usar leite com gordura, preferencialmente in natura
Nunca colocar leite condensado
Usar açúcar de boa qualidade

Mineirices é um evento gastronômico idealizado e produzido pelos alunos concluintes do curso Técnico de Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste Mineiro – Campus de Juiz de Fora – polo E-Tec de Três Pontas. E contamos com o apoio do comércio trespontano que acredita e apóia o ensino técnico.





E está chegando...

Tenho certeza que você já tem anotado:

Dia 30/11

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mais de Três Pontas

Pessoal,
Nós já publicamos o trabalho de dois grandes músicos trespontanos.
De Milton Nascimento, todo mundo pediu bis e divulgamos mais canções!
E de Wagner Tiso, também! Todo mundo pediu bis e hoje a gente divulga para você mais canções desse grande compositor, maestro e instrumentista (não necessariamente nesta ordem)

Wagner Tiso Trio - Brasileirinho


Wagner Tiso Trio - Sonho de um Carnaval


Wagner Tiso e Milton Nascimento - Cais


Insensatez - com Fafá de Belém

O Sol - com Milton Nascimento e Tunai



Se você quiser ouvir Wagner Tiso, publicamos uma entrevista feito há dois anos para o projeto SESC Instrumental.


E não esqueça: é o dia 30/11

Mineirices é um evento gastronômico promovido pelos alunos concluintes do curso técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação do Sudeste Mineiro - Campus de Juiz de Fora - polo E-Tec de Três Pontas.