Três Pontas é um município brasileiro localizado na região sul de Minas Gerais. Com uma área de
O município não possui relevo muito acidentado,
com altitude média em torno de 900 metros em relação ao nível do mar.
Contudo algumas formações se destacam na topografia, como a Serra de Três
Pontas, lugar muito conhecido tanto pelo seu formato peculiar quanto pela sua
beleza natural. Os ribeirões das Araras e da Espera são os
principais cursos d'agua que cortam o município, desaguando ambos na Represa
de Furnas. Os rios Verde e Sapucaí passam no extremo limite
sul e formam a extremidade meridional da Represa de Furnas. Os dois rios
se encontram no distrito do Pontalete. Três Pontas está situada na Bacia
Hidrógráfica do Rio Grande.
O clima ameno o ano todo propicia o cultivo do café,
que é a maior riqueza econômica do município (conhecido por ser um dos maiores
produtores nacionais), visto que no solo trespontano não são encontrados
recursos minerais de importância. No município também se encontram o distrito
do Pontalete, que é banhado pela represa de Furnas, muito procurado
por turistas devido a suas belezas naturais, e o povoado do Quilombo Nossa
Senhora do Rosário (antigamente chamado de Martinho Campos). A cidade faz parte
do circuito turístico Vale Verde e Quedas D'Água.
Matriz de N. Sra. d'Ajuda em 1956
Desde a emancipação política, em 1857, o município mostrou
um períodos de intenso desenvolvimento urbano e social. Nesse contexto a
atuação de algumas pessoas foi fundamental. Dentre as mais notáveis, destaca-se
a de Padre Victor, pároco na segunda metade do século XIX, que realizou
diversas benfeitorias pela cidade. Atualmente existe o processo de beatificação
do padre, e no dia de sua morte (23 de setembro) milhares de romeiros visitam a
cidade para agradecer por graças alcançadas. Recentemente foi aberto também o
processo de canonização da Madre Teresa Margarida do Coração de Maria,
conhecida pelos trespontanos como Nossa Mãe (fundadora do convento carmelita na
cidade), o que evidencia, também a forte ligação do município com a
religiosidade.
Etimologia
O nome da cidade tem origem no formato peculiar da serra de
mesmo nome localizada no atual município, que era utilizada como ponto de
referência pelos tropeiros e escravos fugidos que passavam pela
região. Esses escravos formaram, no pé da serra, o Quilombo do Cascalho, que
foi destruído na época das sesmarias, em que o território passou a ser dividido
em fazendas. Algumas cartas de concessão de sesmarias fazem referência à
montanha, utilizada como marco natural para demarcação de terras. Esses
documentos mostram que a região era conhecida antes de 1750. Até os anos de
1880, os cidadãos nascidos em Três Pontas eram denominados trespontenses. A
partir dessa época, contudo, o gentílico trespontano passou a
ser o mais utilizado, e é o que permanece até hoje
Matriz de N. Sra. d'Ajuda hoje
Um cadinho de história
Não existem indícios de povoamento de indígenas na região de
Três Pontas. Os primeiros a desbravarem essa região possivelmente estavam à
procura de ouro, mas não o encontraram. A Serra de Três Pontas era
utilizada como ponto de referência para os viajantes que cruzavam essas terras.
Durante esse período, ainda, escravos fugidos passaram pela região. Um fato que
favoreceu a formação de quilombos no município foi a destruição do Quilombo
do Ambrósio entre 1740 e 1746, localizado provavelmente entre os municípios
de Cristais e Ibiá, durante o ataque dos brancos, muitos negros
conseguiram escapar e se refugiaram em várias regiões, inclusive na região de
Três Pontas, onde sabe-se que formaram dois quilombos, o Quilombo do
Cascalho próximo à serra e outro próximo ao ribeirão das Araras, de onde
hoje está situado o Quilombo Nossa Senhora do Rosário.
Os habitantes brancos da região, então, passaram a se sentir
ameaçados e exigiram providências do governo, que enviou alguns capitães,
dentre eles Bartolomeu Bueno do Prado, que exterminaram os as povoações
quilombolas em 1760. Com os quilombos destruídos, mais povoadores chegaram a
região, requerendo sesmarias. Em 5 de outubro de 1768 foi construída por
alguns sesmeiros a Capela de Nossa Senhora d'Ajuda (onde hoje se encontra a
igreja de mesmo nome), com a licença do Bispado de Mariana. Em torno da ermida começou
a surgir um arraial, que passava a ser denominado com o nome da padroeira
da capela.
Em 14 de julho de 1832, o arraial foi elevado a freguesia e
passou a ter um juiz de paz e um pároco (já que no mesmo dia foi criada a
Paróquia de Nossa Senhora d'Ajuda). Em 1° de abril de 1841, devido ao
crescimento do lugar, foi elevado a vila, graças à influência do Coronel
Antônio José Rabelo Campos. O território do município foi então desmembrado do
município de Lavras e passou a ser formado pelos distritos de Três
Pontas, Varginha, Carmo do Campo Grande (atualmente Campos Gerais), Dores
de Boa Esperança e São Francisco de Aguapé (atualmente Guapé). Em 10 de
fevereiro de 1842 foi criada a primeira Câmara Municipal e em 1852, o Padre
Francisco de Paula Victor assume a direção da paróquia da vila. No
mesmo ano é criado o primeiro cemitério da vila. Até então os corpos
eram sepultados no adro ou no interior da igreja.
No dia 22 de abril de 1850 foi criada a comarca de
Três Pontas. Contudo, cinco anos depois, a mesma foi suprimida, e o município
então passou a fazer parte da comarca do Rio Verde, com sede em Campanha.
Em 3 de julho de 1857 a vila recebeu o
título de cidade.
(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Pontas. Acesso em 24 nov. 2013)
(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Pontas. Acesso em 24 nov. 2013)
E não perca a data: 30/11 - próximo sábado!
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