Muita gente acha que mineiro é infeliz porque não tem mar. Mas
isso é uma mentira retumbante. Tem um escritor, pensador, teólogo, professor
chamado Rubem Alves, natural de Boa Esperança (do ladinho de onde será o
Mineirices 2013) que, certa disse: “Minas é tão sensacional quem tem mar no
meio das montanhas”
Antes de Itaipu ser construída, a maior usina hidroelétrica
do mundo era Furnas. O lago da usina banha 34 municípios mineiros, possui 1440
km2 e 3500 km
de perímetro. Em muitos lugares, de fato, parece um mar, de tanta água. Em
muitas cidades, como Boa Esperança e Guapé, você a prática de esportes náuticos.
Já está sendo comum ver em cidades ao redor do lago, lanchas e barcos de luxo.
E furnas é aqui do ladinho no Sul de Minas
O Rio São Francisco, o rio da integração nacional, que nasce
na região centro-sul de Minas, forma, ao longo do seu curso, várias usinas hidroelétricas
importantes. Aqui em Minas, ele é responsável pelo abastecimento da usina de Três
Marias.
E não é só de hidroelétrica que vive Minas Gerais...
Na região sul do estado, os municípios de Cambuquira,
Lambari, Caxambu e São Lourenço foram um dos mais tradicionais circuitos turísticos
do estado. As águas minerais medicinais foram descobertas, primeiramente em
Lambari, em 1780. Depois foram descobertas fontes nas outras cidades.
Caxambu ficou muito famosa à época do império, pois a
princesa Isabel, sabendo da fama das águas medicinais da cidade, se transferiu
para Minas Gerais para fazer tratamento com as águas de Caxambu. Ela não
conseguia engravidar. E graças à fonte de água ferruginosa, conseguiu tratar de
sua anemia e engravidar. Quem visita o parque das águas, vê lá a Fonte Princesa
Isabel.
São Lourenço até hoje consegue sobreviver do turismo. Pela maior
proximidade com o Rio de Janeiro, atrai muitos turistas cariocas e fluminenses,
que procuram um clima agradável e a tranquilidade do interior
Os municípios que fazem parte do Circuito das águas Mineiro
são: Baependi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição
do Rio Verde, Heliodora, Lambari, São Lourenço, Soledade de
Minas e Três Corações.
O estado tem, ainda, outras cidades consideradas estâncias,
tais como Jacutinga, Araxá e Poços de Caldas. Em todas as
cidades da região, se encontram fontes, rios, lagos, cachoeiras, a culinária
mineira e clima de montanha.
E como toda a postagem do Mineirices tem que acabar com uma
musiquinha, aí vai a de hoje. Na realidade é um samba-enredo. Caxambu foi tema
da escola de samba Império Serrano em 2013. E você acompanha um pedacinho do
desfile
Pessoal, é amanhã, dia 30/11 no Centro Conviver e Crescer (rua José Gonçalves Costa, 185 - ao lado da Loja Maçônica
Mineirices 2013 é um evento gastronômico idealizado e produzido pelos alunos do Curso Técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus de Juiz de Fora - polo E-tec de Três Pontas.
Você conhece um pouco da história de uma bebida tipicamente mineira? Não sabe qual é a bebida nem qual é a história, dá uma espiadinha neste post
Cachaça, pinga, cana ou canha é o
nome dado à aguardente de cana, uma bebida alcoólica tipicamente brasileira.
Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza –
significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e
Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino
"cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos
selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados caititus –
era muito dura e a cachaça era usada para amolecê-la.
Na produção colonial de açúcar, cachaça era o nome dado à
primeira espuma que subia à superfície do caldo de cana que estava sendo
fervido. Ela era fornecida aos animais ou descartada. A segunda espuma era
consumida pelos escravos, principalmente depois que fermentasse e também passou
a ser chamada cachaça. Posteriormente, com a destilação da espuma e do melaço
fermentados e a produção de aguardente de baixa qualidade, esta passou a ser
também denominada de cachaça e era fornecida a escravos ou adquirida por
pessoas de baixa renda.
É usada como coquetel, na mundialmente conhecida "caipirinha".
É obtida com a destilação do caldo de cana de cana-de-açúcar fermentado.
A fermentação do melaço, também utilizada, também dá origem ao rum.
A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção,
através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico.
É uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum
officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu cultivo desde os
tempos mais remotos da história
Produção artesanal de cachaça
E a gente não podia terminar essa postagem, com o Hino da Cachaça, da cantora e folclorista Inezita Barroso
Minha gente, marca aí para não esquecerem: 30/11
Mineirices 2013 é um evento gastronômico idealizado pelos alunos do curso técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas Gerais - Campus Juiz de Fora - polo e-Tec
Você já sabe que Mineirices é um evento gastronômico. E como tal a estrala da festa, claro, é a nossa Culinária! Mas você já parou pra pensar qual a origem e características da Comida Mineira. Confira aí:
A culinária de Minas Gerais talvez seja a que
concentra a maior diversidade de pratos no Brasil, pois em cada região do
estado há uma comida típica diferente, com ingredientes encontrados com fartura
no meio rural. Quase todos os pratos da cozinha mineira contam com
legumes, frutos ou tubérculos nativos. Há dois pratos que se destacam,
oferecidos nas mesas de todas as casas mineiras, principalmente no interior: o Angu,
muitas vezes confundido com a polenta do sul mas que tem sua própria
história, e o Feijão tropeiro.
Importante destacar que a culinária mineira
traz elementos que apontam para a diversidade local iniciada, ainda, com o
primeiro adentramento dos exploradores de ouro. Portugueses, negros e índios
passaram a compartilhar hábitos e ingredientes, até então singulares, que, ao
longo do tempo, enraizaram uma cultura gastronômica única e que valorizava,
cada vez mais, o regionalismo. A partir do século XVIII, a visibilidade da região
das Minas Gerais passou a deixar marcas na culinária nacional. Os variados e
criativos usos de ingredientes como a mandioca e seus derivados, o milho, o
leite, os tubérculos e folhagens, bem como as carnes de porco e vaca, fazem
partes de receitas passadas de geração à geração e que adentraram o século XIX
e chegaram à nossa contemporaneidade. A proximidade de regiões (Goiás, São
Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro) com tradições gastronômicas
peculiares apenas reforçaram os sabores da culinária mineira, tornando-a uma
referência histórica que funde hábitos e ingredientes europeus, indígenas e
africanos.
Culinária Mineira
O angu
Nos séculos coloniais, o sal só podia vir de Portugal.
No fim do século XIX e início do século XX, o sal era taxado exorbitantemente.
Com isso, o fubá de milho passou a ser servido sem o sal, somente com banha de
porco, fubá de milho e água. O gosto ficou um pouco desagradável. Insosso ou
insonso, como se diz erradamente, muito parecido com o "angu" dados
aos porcos. Tal semelhança deu origem ao nome deste prato, nutritivo e
saboroso, que serve de acompanhamento a pratos principais
Angu à mineira
Feijão tropeiro
O feijão-tropeiro é um prato
típico da culinária mineira, criado por bandeirantes e tropeiros
paulistas, composto de feijão misturado a farinha de mandioca, torresmo, lingüiça, ovos, alho,cebola e
temperos. É um prato tradicional também de outras regiões de influência
bandeirante e colonização paulista (ou que já foram parte deste estado) aonde o
prato foi introduzido pelos bandeirantes paulistas. Desde o período
colonial, o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou
em lombos de burros. Os homens que guiavam esses animais eram chamados de tropeiros.
Até a metade do século XX, eles cortavam ainda parte do estado de Minas
Gerais, conduzindo gado. O feijão misturado a farinha de mandioca,
torresmo, lingüiça, ovos, alho, cebola e temperos,
tornou-se um prato básico do cardápio desses homens, daí a origem do feijão
tropeiro.
Feijão tropeiro
Dia 30/11: sábado - está quase chegando
Mineirices é um evento gastronômico produzido e idealizado pelos alunos do curso técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas Gerais - Campus de Juiz de Fora - polo e-Tec de Três Pontas. Contamos com a parceria da SUAPI - Subsecretaria de Administração Prisional
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Estamos a menos de um mês do natal. Durante o Natal, um
festejo que se destaca é a Folia de Reis. Os Ternos de Reis começam a sair,
visitando as casas, na noite do dia 24 de dezembro; e a visita continua até o
dia 6 de janeiro, dia de Reis, que, na igreja católica, esse dia é chamado de
Epifania do Senhor. Mas você sabe como surgiu a Folia de Reis? E você sabia também
que a Folia de Reis é um dos festejos mais populares no interior das Gerais?
Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado
às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda
nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje
mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país. Ela
apresenta um caráter profano-religioso, fazendo parte do ciclo natalino,
anualmente realizado entre 24 de dezembro a 6 de janeiro, quando se realizam as
comemorações do nascimento de Jesus com várias festividades, ou festejos
populares: como Folia de Reis, Império do Divino, Reinado do
Rosário e Pastorinhas.
Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi
visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três
“Reis Magos”, denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser
referenciados como santos a partir do século VIII. Em pesquisa
literária, feita por Pergo, levantou-se que a tradição da “Folia de Reis”
chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses, ainda no período da colonização.
Essa manifestação cultural era realizada em toda a Península Ibérica e
era comum a ocorrência de doação e recebimento de presentes enquanto eram
entoados cantos e danças nas residências da época. Baseado nessa argumentação,
a Folia de Reis teria vindo ao Brasil no século XVI, trazido pelos Jesuítas, e
servindo como um instrumento na catequização dos índios e, posteriormente, dos
negros escravos.
Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de
dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o
dia 6 de janeiro
Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram
comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor
aos “Santos Reis” e ao nascimento de Cristo. A Folia de Reis se mantém-se viva sobretudo
nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito
Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, dentre outros.
No Brasil a visitação das casas, que dura do final de
dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos
quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em
alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto
por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e
artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie
de violino rústico), além da tradicional viola caipira e do acordeão, também
conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.
Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas
vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas
devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se
organizam sob a liderança do Mestre da Folia e seguem com reverência os passos
da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza
cultural.
As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção
daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos
foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas
regionais, como catira, moda de viola e cateretê. Contudo ao contrário dos Reis
da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes mas de recebê-los
do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas
mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões.
Integrantes
Três Reis Magos: participantes que personificam os reis que
visitaram o Menino Jesus, quando ele nasceu: Baltasar, Melquior e Gaspar.
Palhaços: Geralmente dois ou três, que fazem o papel de
dançarinos do grupo. Eles têm o costume de se chamar de irmãos e possuem
obrigações e proibições específicas (como jamais dançar diante da Bandeira).
Eles realizam acrobacias usando um bastão,
vestem-se com máscaras, portam um
apito com o qual marcam a chegada e a partida da Bandeira. Durante as exibições
dos palhaços, os espectadores atiram moedas ao chão, em frente a eles para
homenageá-los. Eles, então, alegram-se e brincam entre si, empurrando as moedas
com o bastão para que o outro palhaço as colete, aproveitam para instigar o
público a jogar mais dinheiro, que eles colocam em sacolas para coleta desses
donativos;
Coro: É constituído geralmente por seis pessoas que são, ao
mesmo tempo, cantores e instrumentistas o número, todavia, varia de entre as
regiões. Cada membro do coro tem sua função.
Mestre ou Embaixador: é o principal personagem da folia, ou
ainda chefe da folia, porque ele organiza a logística do grupo, o trajeto,
horários e os instrumentos, e é o responsável improvisar os versos cantados nas
residências. Cabe aos mestres a responsabilidade de manter viva a tradição e se
encarregar da transmissão oral dele, como lembra Luís da Câmara Cascudo.
Bandeireiro ou Alferes da bandeira: Tem a função de carregar
a bandeira do grupo respeitosamente. Ela é apresentada ao chefe da residência
onde a folia passa para receberem os donativos oferecidos pelas famílias.
Festeiro: Figura importante pois é, geralmente, de sua
residência que os foliões fazem a “tirada da bandeira” e também para onde é
feito o retorno ao final do “giro”. Às vezes é utilizada a casa do Mestre para
a saída e chegada da bandeira ou alguma pessoa, que por motivo de promessa
mantem as despesas da folia.
É importante destacar que nas folias não existe a
participação feminina conforme indica Porto: Os Reis Magos não trouxeram
consigo suas esposas; se os foliões levassem mulher na folia, estariam
deturpando o sentido da representação; também, dizem outros, nenhuma mulher
visitou o presépio de Jesus; admitir mulher entre os foliões, como
participante, seria desviar o sentido da dramatização.
E vale a curiosidade histórica. No evangelho de Mateus, que
cita a passagem dos magos, não é mencionado a quantidade, nem os seus nomes. Na
bíblia diz que ‘magos do Oriente’ foram visitar Jesus. Confira no capítulo 2 do
evangelho de Mateus
Cálix Bento - canção gravada por Milton Nascimento, adaptada do cancioneiro popular por Tavinho Moura
Em janeiro, acontece em Três Pontas o tradicional encontro de Folia e Reis. Todos os Ternos da cidade se encontram para uma bonita festa. Vale a pena conferir!
Pessoal, é no sábado, não perca a data: 30/11
Mineirices é um evento gastronômico produzido e idealizado pelos alunos do curso Técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas - Campus de Juiz de Fora - polo E-Tec de Três Pontas
Nós ainda não apresentamos para você a cidade onde será realizado o Mineirices 2013. Será, claro, em Três Pontas, no sul de Minas. Mas você conhece um pouco sobre a história de Três Pontas? Sabe, mais ou menos, a origem do nome, a etimologia, etc... Dê uma conferida!
Três Pontas é um município brasileiro localizado
na região sul de Minas Gerais. Com uma área de 689 quilômetros
quadrados, o município possui cerca de 54 mil habitantes, sendo que na zona
urbana residem aproximadamente quatro quintos desse total. A MG-167 é
a única rodovia que dá acesso ao município, mas a Rodovia Fernão
Dias, uma das principais rodovias do país, se encontra a menos de 50 quilômetros da
cidade.
O município não possui relevo muito acidentado,
com altitude média em torno de 900 metros em relação ao nível do mar.
Contudo algumas formações se destacam na topografia, como a Serra de Três
Pontas, lugar muito conhecido tanto pelo seu formato peculiar quanto pela sua
beleza natural. Os ribeirões das Araras e da Espera são os
principais cursos d'agua que cortam o município, desaguando ambos na Represa
de Furnas. Os rios Verde e Sapucaí passam no extremo limite
sul e formam a extremidade meridional da Represa de Furnas. Os dois rios
se encontram no distrito do Pontalete. Três Pontas está situada na Bacia
Hidrógráfica do Rio Grande.
O clima ameno o ano todo propicia o cultivo do café,
que é a maior riqueza econômica do município (conhecido por ser um dos maiores
produtores nacionais), visto que no solo trespontano não são encontrados
recursos minerais de importância. No município também se encontram o distrito
do Pontalete, que é banhado pela represa de Furnas, muito procurado
por turistas devido a suas belezas naturais, e o povoado do Quilombo Nossa
Senhora do Rosário (antigamente chamado de Martinho Campos). A cidade faz parte
do circuito turístico Vale Verde e Quedas D'Água.
Matriz de N. Sra. d'Ajuda em 1956
Desde a emancipação política, em 1857, o município mostrou
um períodos de intenso desenvolvimento urbano e social. Nesse contexto a
atuação de algumas pessoas foi fundamental. Dentre as mais notáveis, destaca-se
a de Padre Victor, pároco na segunda metade do século XIX, que realizou
diversas benfeitorias pela cidade. Atualmente existe o processo de beatificação
do padre, e no dia de sua morte (23 de setembro) milhares de romeiros visitam a
cidade para agradecer por graças alcançadas. Recentemente foi aberto também o
processo de canonização da Madre Teresa Margarida do Coração de Maria,
conhecida pelos trespontanos como Nossa Mãe (fundadora do convento carmelita na
cidade), o que evidencia, também a forte ligação do município com a
religiosidade.
Etimologia
O nome da cidade tem origem no formato peculiar da serra de
mesmo nome localizada no atual município, que era utilizada como ponto de
referência pelos tropeiros e escravos fugidos que passavam pela
região. Esses escravos formaram, no pé da serra, o Quilombo do Cascalho, que
foi destruído na época das sesmarias, em que o território passou a ser dividido
em fazendas. Algumas cartas de concessão de sesmarias fazem referência à
montanha, utilizada como marco natural para demarcação de terras. Esses
documentos mostram que a região era conhecida antes de 1750. Até os anos de
1880, os cidadãos nascidos em Três Pontas eram denominados trespontenses. A
partir dessa época, contudo, o gentílico trespontano passou a
ser o mais utilizado, e é o que permanece até hoje
Matriz de N. Sra. d'Ajuda hoje
Um cadinho de história
Não existem indícios de povoamento de indígenas na região de
Três Pontas. Os primeiros a desbravarem essa região possivelmente estavam à
procura de ouro, mas não o encontraram. A Serra de Três Pontas era
utilizada como ponto de referência para os viajantes que cruzavam essas terras.
Durante esse período, ainda, escravos fugidos passaram pela região. Um fato que
favoreceu a formação de quilombos no município foi a destruição do Quilombo
do Ambrósio entre 1740 e 1746, localizado provavelmente entre os municípios
de Cristais e Ibiá, durante o ataque dos brancos, muitos negros
conseguiram escapar e se refugiaram em várias regiões, inclusive na região de
Três Pontas, onde sabe-se que formaram dois quilombos, o Quilombo do
Cascalho próximo à serra e outro próximo ao ribeirão das Araras, de onde
hoje está situado o Quilombo Nossa Senhora do Rosário.
Os habitantes brancos da região, então, passaram a se sentir
ameaçados e exigiram providências do governo, que enviou alguns capitães,
dentre eles Bartolomeu Bueno do Prado, que exterminaram os as povoações
quilombolas em 1760. Com os quilombos destruídos, mais povoadores chegaram a
região, requerendo sesmarias. Em 5 de outubro de 1768 foi construída por
alguns sesmeiros a Capela de Nossa Senhora d'Ajuda (onde hoje se encontra a
igreja de mesmo nome), com a licença do Bispado de Mariana. Em torno da ermida começou
a surgir um arraial, que passava a ser denominado com o nome da padroeira
da capela.
Em 14 de julho de 1832, o arraial foi elevado a freguesia e
passou a ter um juiz de paz e um pároco (já que no mesmo dia foi criada a
Paróquia de Nossa Senhora d'Ajuda). Em 1° de abril de 1841, devido ao
crescimento do lugar, foi elevado a vila, graças à influência do Coronel
Antônio José Rabelo Campos. O território do município foi então desmembrado do
município de Lavras e passou a ser formado pelos distritos de Três
Pontas, Varginha, Carmo do Campo Grande (atualmente Campos Gerais), Dores
de Boa Esperança e São Francisco de Aguapé (atualmente Guapé). Em 10 de
fevereiro de 1842 foi criada a primeira Câmara Municipal e em 1852, o Padre
Francisco de Paula Victor assume a direção da paróquia da vila. No
mesmo ano é criado o primeiro cemitério da vila. Até então os corpos
eram sepultados no adro ou no interior da igreja.
No dia 22 de abril de 1850 foi criada a comarca de
Três Pontas. Contudo, cinco anos depois, a mesma foi suprimida, e o município
então passou a fazer parte da comarca do Rio Verde, com sede em Campanha.
Em 3 de julho de 1857 a vila recebeu o
título de cidade.
Mas nunca saiu da lembrança de nosso paladar! É o Doce de
Leite
E doce de leite tem aquele gostinho da vovó. Hoje em dia
ninguém mais fica cozinhando num tacho de cobre horas e horas o leite com o
açúcar (sem esquecer o pires no fundo para o leite não entornar). As vovós
ficavam lá no fogão de lenha, cozendo, cozendo... Isso faz a gente até pensar onde vai parar
nossa culinária.
E o doce de leite está em alta. Doce de leite é o doce preferido
do papa Francisco, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio
Sabe aquele doce de leite delicioso que a gente gosta de
comer? E tem no coração que é mais uma iguaria da cozinha mineira? Então, você
pode não acreditar, mas a paternidade dele é disputada por brasileiros e
argentinos.
O doce de leite é um doce tradicional de vários países da América
Latina. Geralmente é feito ao se ferver leite com açúcar. Ele é usado em balas
e outras comidas doces, como bolos, biscoitos ou sorvete. Em alguns lugares, é
comido espalhado em torradas. Também é famoso sua utilização para a preparação
de churros.
Segundo o
historiador José Newton Coelho Meneses, professor da UFMG e especialista em
história da alimentação, os doces são estratégias humanas de preservação de
matérias-primas alimentares perecíveis usando especiarias conservantes. O
açúcar é uma delas. E o doce de leite deve ter sido criado nessa época. Para a
mineira Liége Lima, ele recria a história mineira e foi passado de geração em
geração.
A origem do doce de leite é incerta, mas está ligada à rápida expansão na
produção de sacarose de cana de açúcar nas ilhas ibéricas atlânticas, no século
XV, e no Brasil, América Central e Antilhas a partir do século XVI e à
possibilidade de seu uso para preservação do leite. Como primeiro edulcorante
de produção em grande escala, o açúcar da cana passa a ser usado na conservação
de vários produtos orgânicos, inclusive o leite de vaca ou de cabra, dando
origem a produtos similares ao doce de leite atual, pastoso ou sólido, em toda
a América Latina e em determinadas localidades ibéricas.
As variações mais comuns são a pastosa e a sólida (que pode ser cortada em
barras ou pedaços), que se diferenciam por sua consistência
Ainda segundo o
professor José Newton Coelho da UFMG, a construção do gosto faz com que a
adição de maior ou menor quantidade de açúcar, outras especiarias e frutos, de
mais ou menos tempo na cocção construa as formas típicas de regiões e de grupos
sociais específicos.
“Em Minas, por
exemplo, a tradição de se consumir produtos lácteos é muito grande e o doce de
leite é uma forma dessa expressão. O mesmo acontece em outras regiões do
mundo.” Já para a Marina Perez, de uma das mais tradicionais confeitarias de
Buenos Aires, o doce de leite é tão argentino quanto tudo que é feito com ele.
“Usamos em tortas, biscoitos, croissants, alfajores e até com pão caseiro
mesmo fazendo o papel de geleia. A consistência e a cor do doce argentino são
diferentes. O nosso é escuro e mais grosso. Por isso, para mim, mais gostoso”,
defende.
E você sabe fazer um saboroso e delicioso doce de leite? A
gente está passando aqui duas receitas de doce de leite, facim... facim...
Uma que subverte um pouco a ordem... mas tem um bom
resultado é você cozinhar a lata de leite condensado na pressão de 20 a 40 minutos. Muito
importante: só abra a lata depois de estar totalmente fria. Abrindo ela quente,
irá espirrar o conteúdo para todo lado, além de você se ferir.
A receita mais convencional é:
2 litros de leite
1 quilo de
açúcar
1 colher de sopa
de fermento em pó
Modo de
fazer: misturar
tudo e cozinhar em fogo brando por cerca de uma hora sem parar de mexer. Usar
colher de pau. A consistência é ideal é quando o doce não cair da colher
E aí vai as dicas da vovó para fazer o doce de leite
tradicional:
Principal
ingrediente: paciência para não parar de mexer um só minuto.
Usar leite com
gordura, preferencialmente in natura
Nunca colocar
leite condensado
Usar açúcar de
boa qualidade
Mineirices é um evento gastronômico idealizado e produzido
pelos alunos concluintes do curso Técnico de Eventos do Instituto Federal de
Educação Tecnológica do Sudeste Mineiro – Campus de Juiz de Fora – polo E-Tec
de Três Pontas. E contamos com o apoio do comércio trespontano que acredita e
apóia o ensino técnico.
Pessoal, Nós já publicamos o trabalho de dois grandes músicos trespontanos. De Milton Nascimento, todo mundo pediu bis e divulgamos mais canções! E de Wagner Tiso, também! Todo mundo pediu bis e hoje a gente divulga para você mais canções desse grande compositor, maestro e instrumentista (não necessariamente nesta ordem)
Wagner Tiso Trio - Brasileirinho
Wagner Tiso Trio - Sonho de um Carnaval
Wagner Tiso e Milton Nascimento - Cais
Insensatez - com Fafá de Belém
O Sol - com Milton Nascimento e Tunai
Se você quiser ouvir Wagner Tiso, publicamos uma entrevista feito há dois anos para o projeto SESC Instrumental.
E não esqueça: é o dia 30/11
Mineirices é um evento gastronômico promovido pelos alunos concluintes do curso técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação do Sudeste Mineiro - Campus de Juiz de Fora - polo E-Tec de Três Pontas.
Em postagens anteriores á falamos de alguns trespontanos
ilustres: Pe. Vitor e Milton Nascimento. Mas ficou faltando o companheiro e
amigo de Milton: compositor, músico, arranjador, maestro Wagner Tiso.
Wagner Tiso Veiga, nasceu em Três Pontas, em 12 de
dezembro de 1945. Aprendeu teoria musical com Paulo
Moura e especializou-se em teclados.
E foi na casa de Wagner Tiso, que Milton nascimento aprendeu
noções de piano com a mãe de Wagner. Desde então Milton Nascimento se agarrou à
música e juntamente com seu amigo de infância Wagner Tiso começaram a tocar em
bailes locais atuando como crooner aos 13 anos de idade. Aos 15 anos juntamente
com o pianista Wagner Tiso lançaram o conjunto Luar da Prata, viajando pelo
interior mineiro em uma combi velha e constantemente agarrados no barro das
estradas que era uma constante nas estradinhas estreitas do interior de Minas
Gerais.
Wagner participou do conjunto Sambacana em 1964 e
dois anos depois foi trabalhar com o antigo mestre. Acompanhou diversos
artistas, como Cauby Peixoto, Ivon
Cury, Maysa e Marcos Valle. Em 1970 entrou para a
banda Som Imaginário, que acompanhava as apresentações de Milton
Nascimento.Integrante do Clube da Esquina, logo começou a fazer sucesso no
exterior, apresentando-se em Atenas e Montreux, e também
acompanhando não só Milton, como também de Flora Purim, Ron
Carter e Airto Moreira. Nos anos 70, foram dele os arranjos
para Gonzaguinha, Paulo Moura, Johnny
Alf, MPB-4, Dominguinhos, o próprio Milton e outros
Nos bares da Vida / Coração de Estudante
Só Louco - Wagner Tiso e Gal Costa
(Wagner Tiso foi o arranjador do CD Acústico MTV de Gal Costa)
Travessia - com o amigo e parceiro Milton Nascimento
Para Lennon e McCartney - mais uma com Milton
O Cantador - Wagner Tiso e Nana Caymmi
Wagner Tiso Trio - Luiza / Eu sei que vou te amar
Paulo Moura, Wagner Tiso, Orquestra Petrobras - Da cor do Pecado
Curtiu um pouquinho de boa música? Agora não perca e tempo e já anote aí: 30/11 - Mineirices
E não perca a data no seu calendário! Mineirices é um evento idealizado e produzido pelos alunos do Curso Técnico de Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas Gerais - Campus Juiz de Fora - Polo e-Tec de Três Pontas; com a parceria da SEDS/SUAPI - Subsecretaria de Administração Prisional - unidade de Três Pontas
Detentos expõem artesanato em festa típica do Vale do Jequitinhonha
Cadeiras,
fruteiras, cestas, bancos e diversos objetos decorativos confeccionados
por 15 detentos do Presídio de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, serão
expostos a partir desta quinta-feira (14.11) em um dos maiores eventos
da região, a Festa da Manga, que ocorre pela 13ª vez no município. Todos
os materiais foram produzidos durante o curso de artesanato em fibras
de bananeiras e taboa, ministrado dentro da própria unidade prisional,
fruto de uma parceria com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec), do Governo Federal.
“O objetivo é mostrar para a comunidade o trabalho do preso como
ferramenta de ressocialização, quebrando preconceitos e estimulando a
realização de mais atividades como essa”, destacou o diretor geral da
unidade prisional, Clayton Reges Cardoso. Os materiais
confeccionados ficarão no Parque de Exposições de Itaobim, até o
próximo domingo (17.11), das 10h às 22h. Segundo a Prefeitura Municipal,
a previsão é que mais de 12 mil pessoas circulem pelo local em cada um
dos quatro dias de festa.
Além de confeccionarem as peças artesanais, os detentos ainda estudarão
empreendedorismo na segunda etapa do curso, prevista para começar no
próximo dia 28, aprendendo a gerar renda a partir de seus produtos. A
primeira parte, relacionada à fabricação dos materiais a partir das
fibras, foi encerrada na última sexta (08.11), com a duração de 120
horas. Todas as aulas estão sendo oferecidas pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar).
Johnatan Ricardo Soares, 29, é um dos detentos que estão frequentando o
curso. Ele conta que as aulas de empreendedorismo serão essenciais para
colocar sua ideia em prática. Assim como a maioria dos colegas, ele
pretende confeccionar mais peças de artesanato e vendê-las ainda enquanto
cumpre pena na unidade prisional. “Estou achando tudo isso ótimo porque
eu aprendi uma profissão e agora vou poder ganhar dinheiro com os
materiais que eu produzir”, avalia.
Ressocialização
Atualmente, 43 detentos trabalham no Presídio de Itaobim, o que
corresponde a quase 70% do número de presos condenados da unidade,
justamente aqueles aptos a exercer um ofício. Algumas das atividades
realizadas são as de faxina, lavanderia e fabricação de blocos para
construção, além do artesanato. Como forma de promover a
ressocialização, eles têm direito a remição de pena. Segundo a Lei de
Execuções Penais, a cada três dias de trabalho, um é retirado da
sentença a ser cumprida. (fonte: https://www.seds.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2569&Itemid=71 Acesso em 13 nov. 2013)
Anote aí: 30/11 - daqui há 15 dias
Mineirices é um evento gastronômico idealizado e produzido pelos alunos do curso Técnico de Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste de Minas Gerais, campus de Juiz de Fora, polo E-Tec de Três Pontas em parceria com a SUAPI, Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI) de Minas Gerais
Pessoal, Para você curtir um pouco mais de Milton Nascimento, disponibilizamos mais algumas músicas para você saborear o que o que há de melhor deste artista, compositor e intérprete trespontano
Rouxinol
Resposta (canção de Samuel Rosa do Skank) com Lô Borges
Cálix Bento (com Gilberto Gil)
Eu sei que vou te amar
Paula e Bebeto
Caçador de Mim
Canção da América
Nossos agradecimentos a todo comércio trespontano que apóia e acredita no ensino técnico e nos cursos do polo e-tec de Três Pontas. Mineirices é um evento gastronômico promovido pelos alunos concluinte do curso Técnico em Eventos do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Sudeste Mineiro, Campus de Juiz de Fora e tem o apoio de: